Geração de energia elétrica a partir do biogás no Rio Grande do Sul

A partir de agosto de 2023 a CRVR Biotérmica terá a sua quinta usina biotérmica em operação entre os aterros sanitários urbanos que opera no Rio Grande do Sul. Desta vez, a energia elétrica a ser gerada, a partir do gás produzido pelos resíduos urbanos, será produzida em São Leopoldo. O aterro recebe a coleta urbana de 58 municípios, que incluem o Vales do Sinos, Paranhana e alguns municípios da Serra, e agora terá capacidade de gerar 1 MWh.

No ano passado, a empresa já havia inaugurado as usinas biotérmicas em seus aterros de Santa Maria, Giruá e Victor Graeff. Além da unidade de Minas do Leão, que já opera desde 2015. Ao todo, a energia verde produzida a partir de mais de 70% do lixo gerado nas cidades gaúchas e lançada no sistema elétrico já chega a 12,5 MWh, suficiente para iluminar uma cidade de 250 mil habitantes.

"Esta é uma das etapas consideradas fundamentais por nós, em nossa prática de valorizar os resíduos. A geração de energia elétrica a partir do gás processado com alta tecnologia é um dos caminhos que temos utilizado para termos as operações de aterros sustentáveis e autossuficientes", diz o diretor-presidente da CRVR Biotérmica, Leomyr Girondi.

Também ainda em agosto entrará em operação uma nova Unidade de Valorização de Resíduos, que é apontada como a maior planta de reciclagem de resíduos do Rio Grande do Sul. Esta operação inclui tecnologia própria para a separação mais eficiente de resíduos recicláveis antes da destinação final para reutilização.

"A triagem de centrais de resíduos sempre nos preocupou, porque o processo todo manual não é sustentável economicamente e nem socialmente responsável, então fomos atrás de novas tecnologias. No exterior, esse processo é 100% automatizado, e isso também não se aplica aqui no Brasil, onde os resíduos geralmente são mais úmidos. Então optamos por um modelo desenvolvido aqui, com a triagem automatizada e a seleção e separação manual de resíduos", explica Girondi.

A unidade terá capacidade para receber 450 toneladas de resíduos por dia. É 50% de toda a carga recebida no aterro de São Leopoldo diariamente. E a perspectiva é garantir que pelo menos 10% dos materiais que entrarem para o aterro tenham destinação na reciclagem.

"Agora, todo caminhão que vier de municípios que não tenham a coleta seletiva, depositará os resíduos, primeiro, nesta unidade para a triagem", aponta o diretor.

 

Matéria na íntegra: Aterro no RS passa a gerar energia elétrica a partir do biogás

 

Postado: 24/08/2023

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